ao ouvir as suites inglesas de Bach, a humidade
dos campos envolve-me, com uma névoa de rios
e uma auréola de margens. esta música puxa-me,
pelas suas mãos de som, para o ritmo que o poema
devia encontrar no limite dos teus cabelos; e tu,
contra o portão, nesse contraluz que te incendeia
o vermelho da túnica sobre o fundo branco dos
muros, roubas ao cravo o seu sorriso profano,
plantando nas suas teclas um desejo que o jardim
do teu corpo fará florescer. assim, vens até mim
pelos degraus deste ritmo que Bach inventou,
para descrever não se sabe que dança, movimento
de saias com vento, baloiço vago que se evola
de uma entrega evanescente, num canto de arbusto,
até ao silêncio branco com que o amor se fecha.
Nuno Júdice
Ao VENTO canto silêncios
ResponderEliminarAo VENTO oiço a melodia que brota do teu olhar.
Bonito o teu portal. Gostei. Parabéns pelo bom gosto.
Beijo.
Um belo poema traduzindo uma maravilhosa melodia.
ResponderEliminarBj!
Na verdade relativa de todas as coisas
ResponderEliminaros "melhores" poemas
nunca foram escritos
Bjs
E fiquei-me por aqui, lendo e ouvindo ao ritmo de Bach...que belo serão!
ResponderEliminarBjs
O meu neto
ResponderEliminarque fala por gestos
é um sábio
Querida amiga
ResponderEliminarDepois de muito silencio, eu vim me fazer presente, trazendo a certeza que me recordo de você com carinho e amizade.
Sinto muita saudade de não vir aqui mais vezes, mas fiquei presa no caminho, tentando resolver algumas coisas pendentes.
Pedras aprecem pelo caminho, e delas precisamos fazer renascer lindas flores, para que nossa vida se torne um lindo jardim.
Abraço amigo.
Maria Alice
Sentado nesse jardim,incendiado pelo contraluz que desenha o teu cabelo, novamente me envolvo de música, enquanto o vento me levanta no espaço.
ResponderEliminarFeliz semana.
Querida amiga
ResponderEliminarHá canções,
que nos fazem imaginar
a vida
nos braços
de outra vida...
Acorda a alegria em ti,
como quem acorda uma pessoa muito amada...