#37
Embrenho-me na área branca da noite.
Uma arena onde os acrobatas
viveriam com exuberância. O arame
atravessa já as minhas órbitas.
Um olhar saudoso percorre as últimas
formas.
Os elementos brancos, os aromas,
o vapor que oscila no fim da queda
de um fragmento. Segue-me a voz maviosa
que orienta os cegos. Reparo que me torno
homónima do poema. Abençoo o meu texto
que não me despreza. Os versos
que ainda amarfanho. A vida cruel nas áreas
contaminadas pela ininteligibilidade.
de:Fiama Hasse Pais Brandão
[Março 1977]
em: ÂMAGO
Gostei e não conhecia, nem video nem poema!
ResponderEliminarBeijinhos
Excelente escolha, não conhecia a poetisa.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Gostei da canção e do poema.
ResponderEliminarAmbos excelentes, cada um no seu género.
Boa semana, querida amiga Vento.
Beijo.
Desejo um Bom Ano de 2015, para si!
ResponderEliminarSaudações poéticas!