Ergue-se aérea pedra a pedra
a casa que só tenho no poema.
a casa que só tenho no poema.
A casa dorme, sonha no vento
a delícia súbita de ser mastro.
a delícia súbita de ser mastro.
Como estremece um torso delicado,
assim a casa, assim um barco.
Uma gaivota passa e outra e outra,
a casa não resiste: também voa.
Ah, um dia a casa será bosque,
à sua sombra encontrarei a fonte
onde um rumor de água é só silêncio.
de: Eugénio de Andrade
Gostei daqui e tomei a liberdade de seguir.
ResponderEliminarUm beijinho
Sonhadora
É sempre bem vindo quem vier por bem.
EliminarBeijinho. Até logo.
Vento.
O nosso Eugénio
ResponderEliminarAbraço
"a casa sonha no vento"
EliminarAbraço, Mar.