Abandona os gestos desnecessários, abandona
o peso e a forma do corpo, abandona o chão.
Tens altura suficiente para entrar. Podes
sentar-te à frente e podes levantar os braços nas
descidas. Subirás devagar, aproveita para ver
a paisagem. Descerás de repente, num instante de
onomatopeias: zut, vrrrum. Grita. Se quiseres,
podes gritar. O vento gritará ao teu lado.
Tens o cinto de segurança posto, já não podes
voltar atrás, já não podes abandonar o ritmo
a que bate o teu coração, o teu coração, o teu
coração. Respira, a vida é feita de estar vivo.
Não vás de olhos fechados, abre os olhos
e respira, repara neste momento da tua vida:
estás numa montanha-russa, mas nem estás
numa montanha, nem estás na Russia.
José Luís Peixoto
[publicado na revista "Volta ao Mundo" em Março de 2012]
Olá
ResponderEliminarAté agora só publicaste poesia dos outros, embora muito bem escolhida.
Será que vamos ter a tua aqui publicada?
Felicidades para este teu novo blogue.
Bom domingo.
Beijos, querida amiga.
Barcelli, adorei encontrar-te aqui.
EliminarObrigada por teres vindo.
Quando aprender a escrever, talvez, talvez publique aqui ;)
Beijos, querido amigo.
A poesia anda por aqui
ResponderEliminarTudo sempre pelo melhor
Fico contente que gostes, Mar :)
EliminarGosto de ver-te por aqui :)
Beijo.
Vim à procura de mais...
ResponderEliminarQuerida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.