Entre as folhas negras da figueira
e os erros do ofício
passa o rio.
Que rio é esse?
Passa irmanado à luz pueril
dos cereais, à magoada
voz de quem perdeu o sono.
Leva com ele, entre o roxo
da sombra e as silabas contadas,
um verão de abelhas,
a profusão do mel.
Sigo-lhe os passos, perco-me
com ele.
Eugénio de Andrade
encontrei este poema num trabalho extraordinário de Maria de Fátima Cordeiro sobre Eugénio de Andrade, ao qual conferiu um nome que me fascinou:
ResponderEliminar"Uma Proposta de Plenitude"
vou voltar lá muitas vezes...
Conheço esta figueira
ResponderEliminardo Eugénio
do nosso Eugénio
Eliminaro que não saberás tu, Mar?!
dei pela tua falta :)
beijo.