na parede da sala o luar faz descer a sua pequena música
em sereias e medusas no anel brando da noite.
é então que estremece, cintilante na areia, a praia nua
em seus cavalos brancos de sombras e de espuma.
e unindo uma a uma suas crinas de brancura
onde pousam abelhas de prodígio por detrás das dunas
o vento e o mar em vultos me procuram, não se cruzam.
no centro permanecem sem imagem nem colunas.
e espelhos de silêncio e ausência me recusam
e muros de navios me reflectem e ressoam
na sala atravessada por um fio a prumo
que corre eternamente para o fim do mundo
Maria Azenha
[V - das clareiras dos bosques
Corrida inevitável que pode ser prazerosa até. Depende de cada um.
ResponderEliminarUm grande bj
Na verdade
ResponderEliminaro vento e o mar nunca se cruzam
Afloram-se
E no fim do mundo há sempre um poema...
ResponderEliminarBeijo, boa semana
Ao sabor do vento e no encanto do mar. Maravilhoso poema que adorei. Beijos com carinho
ResponderEliminarMinha querida
ResponderEliminarComo sempre as tuas escolhas são muito belas e este poema é prova disso.
Conheço a poetisa de nome, mas adorei.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Agrada-me o cenário, belo poema!
ResponderEliminarBjs
Gosto da poesia da Maria Azenha e este poema é excelente.
ResponderEliminarFizeste uma boa escolha, portanto.
Um beijo, querida amiga.
PS: devias ter menos posts por página, já que leva tempo de mais a abrir o teu blogue... os vídeos na barra lateral também complicam muito... eu agradeço, se o fizeres...
;))...
Eliminarficou melhor assim?! :)
um beijo, Barcelli!
Querida amiga
ResponderEliminarE quantas vezes
na parede da sala,
ao som de uma canção,
viajamos em um trem imaginário,
rumo as estações
da nossa vida.
Lugares carregados de lembranças,
de pessoas,
lugares,
e felicidades simples...
Que em teu coração,
a alegria faça morada...
Belíssimos poemas que me "prendem" e deliciam.
ResponderEliminarBj!