bebeu pela taça dos lírios o pólen exíguo da neblina
semeou nas janelas do aposento partes do corpo:
a boca, o estômago, os pés, os ramos dos dedos
que suportavam infatigáveis navios
e iam e vinham dos espelhos e regressavam do mar como cedros a
pique
pequenas ondas espalhadas pelo chão do quarto
erguiam-se e cantavam. eram tecidas por uma aranha azul.
de: Maria Azenha
Muitos mareantes na imensidão da água que é o rio do coração...
ResponderEliminarBeijinhos
bom dia JP.
Eliminarobrigada.
beijinho.
Por vezes intriga-me como descobres textos que são tão do meu agrado!!!
ResponderEliminarBeijinhos
tenho o livro de Maria Azenha "De Amor Ardem os Bosques".
Eliminartambém costumo cutucar nos seus blogs.
gosto muitissimo dela.
beijinho, Lilás.
Que belo poema...
ResponderEliminarbjo amigo
é assim:
EliminarMaria Azenha
escreve maravilhosamente bem
beijo amigo, Daniel
Gosto da poesia da Maria Azenha.
ResponderEliminarE este poema não é excepção.
Querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
sei
EliminarMaria Azenha é uma poeta maior
um beijo, N.
A nossa interioridade é rio de água permanente, a que nem sempre damos a devida atenção. Navegar nesse rio é enfrentar medos, soprar neblinas, conjugar o verbo ser...
ResponderEliminarBeijo :)
tão lindo, AC!
Eliminargostei tanto.
beijo:)