Numa cadência de remos e passos
se te pudesse transportar
seria num barco alado
para chegares como sempre chegaste
imaculada
a tecer estrelas de linho
solta
a navegar em arco
com um violino no regaço
Se fosses possível
num traço de azuis
bastava sulcar as águas
para vires à tona
construir outras pontes
incendiar as margens
mas tu sabes que não existem
barcos alados
Talvez por isso ainda te veja
em preces
sentada nas areias
a levar à boca a foz do rio
até o meu barco
ser mais azul que o céu
Eufrázio Filipe
http://mararavel.blogspot.pt/
Grato pela estima
ResponderEliminargrata pela beleza imensa do teu dizer
Eliminare pelo carinho da tua paciência comigo
beijo, Eufrázio.
O poema que escolheste é magnífico.
ResponderEliminarParabéns ao talentoso autor.
Querida amiga, tem uma boa semana (ou o que resta dela...).
Beijo.
sois dois magníficos poetas, Barcelli.
Eliminara poesia de Mar Arável é fascinante, principalmente pela sabedoria com que lhe imprime tantos significados.
ainda lembro o dia e o poema onde aconteceu esta descoberta. é dos seus poemas mais belos.
e sim, hei-de "roubar-lho" um dia destes... ;))
beijo, Barcelli.
noite feliz.