10 janeiro 2015

ÁREA BRANCA





#37

Embrenho-me na área branca da noite.
Uma arena onde os acrobatas
viveriam com exuberância. O arame
atravessa já as minhas órbitas.
Um olhar saudoso percorre as últimas
formas.

Os elementos brancos, os aromas,
o vapor que oscila no fim da queda

de um fragmento. Segue-me a voz maviosa
que orienta os cegos. Reparo que me torno
homónima do poema. Abençoo o meu texto
que não me despreza. Os versos
que ainda amarfanho. A vida cruel nas áreas
contaminadas pela ininteligibilidade.

de:Fiama Hasse Pais Brandão
[Março 1977]
em: ÂMAGO




4 comentários:

  1. Gostei e não conhecia, nem video nem poema!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Excelente escolha, não conhecia a poetisa.
    Beijinhos
    Maria

    ResponderEliminar
  3. Gostei da canção e do poema.
    Ambos excelentes, cada um no seu género.
    Boa semana, querida amiga Vento.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  4. Desejo um Bom Ano de 2015, para si!

    Saudações poéticas!

    ResponderEliminar