06 março 2013

 
 
 
 
também este silêncio está como que ausente
quando recomeço a leitura dos teus lábios.
aqui, no limiar da pele, sou a única palavra
que arde em ti uma língua cheia de cantos e silêncios.
o poema és sempre tu:
corpo de luz frutífera
árvore acolhedora no peito das palavras.
 
linguagem devorante em fuga
sobre um invisível caminho.
 
Fernando Esteves Pinto
 
 
 
 
 

10 comentários:

  1. Belo poema de quem um dia disse que a escrita é um jogo de precipícios.

    Aqui fala do silêncio quando procuramos a leitura dos lábios. Mas o poema não precisa dessa leitura.

    Precisa das palavras, precisa de ti como modelo.

    Beijinho

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    1. não sei..., talvez hoje eu esteja particularmente emotiva,
      a verdade é que o teu comentário me emocionou, JP!

      obrigada :)))
      beijo.

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  2. Um poema sobre um poema! Que bonito!

    Beijo

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  3. Poema bonito e romântico. Bela imagem.

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  4. Talvez eu hoje esteja vulnerável mas, a tua escolha arrepiou-me...que bonito!
    Bjs

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    1. .))
      há momentos assim, em que as coisas nos tocam mais.

      beijo, Lilá(s)

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