10 maio 2013

ORIENTE



 

manda-me verbena ou benjoim no próximo crescente
e um retalho roxo de seda alucinante
e mãos de prata ainda (se puderes)
e se puderes mais, manda violetas

 (margaridas talvez, caso quiseres)
manda-me osíris no próximo crescente
e um olho escancarado de loucura
(em pentagrama, asas transparentes)

 manda-me tudo pelo vento:
envolto em nuvens, selado com estrelas
tingido de arco-íris, molhado de infinito
(lacrado de oriente, se encontrares)

de: Caio Fernando Abreu
 
 
 
 
 
 

11 comentários:

  1. E o vento tudo trás....ouviu-te.

    Beijinho e bom fim de semana

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    1. pois foi, ouviu-me... o vento ;))

      beijinho JP
      bom fim de semana

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  2. Olá, obrigado pela sua visita, é uma honra!
    Fico feliz em saber que você gosta dos textos, acompanha a página, gostei muito do seu comentário! Espero vê-la muitas outras vezes por lá...

    Sobre a postagem... belíssima poesia, de um escritor que admiro.
    Parabéns pelo seu blog!
    beijo até +

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  3. Pelo vento te mando isso tudo. Flores. Mesmo jardins se quiseres. Aromas e cores de primavera, tudo o que inventares

    Forte zumbiu o vento, protestando de rajada.
    Afinal estava sonhando, não tinha flores, nem aromas, nem jardins. Não tinha nada.

    Feliz fim de semana.

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    1. humm... :((

      sonhar já é muito bom, Armindo
      principalmente acordado ;))
      há sempre uma esperança, não é?! rss

      beijinho e bom fim de semana

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  4. Foi bom ter chegado a este porto. Fiquei por aqui a navegar e ancorei.É uma forma de conhecer novos poetas, reler outros e deixar que o vento me inunde de poesia. Obrigada.
    M. Emília

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    1. bem vinda Maria Emilia
      fico contente que tenha gostado de aqui passar
      volte sempre
      grata pela visita

      obrigada

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