05 maio 2014

A MANHÃ





a manhã estática parada 
entre o Tejo azul e a torre branca
que branca e barroca sobe das águas

manhã acesa de silêncio e de louvor
na breve primavera violenta

assim a minha vida era calma
de repente se tornou ânsia e saudade
mas a brisa da varanda é doce e suave
um pássaro canta porque alguém regou

de: Sophia de Mello Breyner




3 comentários:

  1. Sophia faz sempre todo o sentido. Obrigado.

    Beijo :)

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  2. Tantas vezes me identifico com Sophia! são muitos os momentos junto ao mar que me lembro dela! obrigada por me dar o prazer de a ler, hoje ao serão...
    Bjs

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