26 agosto 2012

... PALAVRAS DESLUMBRADAS...






[...]

E pelos rostos iguais ao sol e ao vento 
E pela limpidez das tão amadas 
Palavras sempre ditas com paixão 
Pela cor e pelo peso das palavras 

Pelo concreto silêncio limpo das palavras 
Donde se erguem as coisas nomeadas 
Pela nudez das palavras deslumbradas 

- Pedra rio vento casa 
Pranto dia canto alento 
Espaço raiz e água 
Ó minha pátria e meu centro 

Me dói a lua me soluça o mar 
E o exílio se inscreve em pleno tempo. 

Sophia de Mello Breyner Andresen







6 comentários:

  1. Lindos versos.
    Linda tarde de domingo.
    Bjins entre sonhos e delírios

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  2. Com Sophia só podem ser bons ventos...
    Bjs

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  3. Bello poema, a mi también me duele. Besos.

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  4. A teu texto é colorido da cor verde da ecologia e do vinho que degusto agora. Lindíssimo poema! Beijo

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  5. Vento, tens um sentido fabuloso para nos trazeres o melhor que há da peosia. Obrigado.
    Beijo.

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