17 setembro 2012




Ana Razumoskaya


A minha fala de amor
Não tem segredo.

Perguntam-me se quero
A vida ou a morte.
E me perguntam sempre
Coisas duras.

Tive casa e jardim.
E rosas no canteiro.
E nunca perguntei
Ao jardineiro
O porquê do jasmim
- Sua brancura, o cheiro.

Queiram-me assim.
Tenho sorrido apenas.
E o mais certo é sorrir
Quando se tem amor
Dentro do peito. 

Hilda Hilst




6 comentários:

  1. Amor dentro do peito é o que nós queremos...
    Bela escolha poética.
    Beijo, querida amiga.

    ResponderEliminar
  2. Hoje acordei na fúria dos deuses
    O céu da ilha cobriu-se de espanto
    Uma triste nuvem plantou-se sobre a minha cabeça
    E verteu uma lágrima de pranto

    Hoje acalentei uma esperança tonta
    Uma ideia já morta
    Um sentimento perdido na espuma
    Numa ansia que já havia fechado a porta

    Hoje é hoje
    O amanhã mais um tempo triste de um coração
    Hoje é apenas o perverso andamento do relógio
    Hoje esqueci toda e qualquer oração



    Doce beijo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Profeta querido, tem dias que esquecemos mesmo a oração
      dia seguinte logo a relembramos.
      grata pelo carinho dos teus poemas lindos.

      doce beijo, amigo.

      Eliminar
  3. Adorei seu Blog, lindo espaço, lindas poesias, adorei...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. olá, Sensibilidade :))

      bem vinda a este vento, às vezes brisa suave, às vezes tempestade... ;))
      uffff...., o que eu caminhei para vos encontrar, Senhora rsss....
      mas escolheu muuuuito bem o poema, para se apresentar :)

      obrigada
      logo, logo a visitarei.

      até logo.

      Eliminar