27 setembro 2012

ANJO EM TRANSFIGURAÇÃO E MORTE





 
As cerejas em mosai
cos. Aquele era
transparente. Claro por cima das latadas.
Subtil. Tenro. Com figu
ra s antigas. As alego
rias em metamor
fose. Eu bebi o fil

tro de néctar. Ansi
ei. Tive desejo da
morte. Avancei para o fo
go. Esta água ateia-me.
As uvas ardem. Afi
nal o poema age. É
útil. Agitado. Possan
te como as labaredas

que nos tornam nítidos.
A luz delas e a Tua
morte. Tão claras que
desaparecemos. Tão visí
vel o fogo que o poe
ma está dourado. Apren
di antigamente a amar.
Bocas de fogo. Uvas de ouro.

Fiama Hasse Pais Brandão
[14 Polissílabos Sobre Anjos]






4 comentários:

  1. Gostei de ver este "vento" soprar hoje, estava preocupada...gosto da brisa leve que aqui se respira...
    Bjs

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    1. :) andei a cuscar Fiamma por lugares que não conhecia e descobri dela uns tesouros, bem lindos, então atrevi-me com este
      e porque não?!!!...
      e essa miúda, a Esperanza (que também descobri faz pouco tempo), não achas fantástica?
      acho incrível a linguagem de expressão do seu rosto enquanto canta.

      beijo

      p.s.- está tudo bem. don't worry :))) 'bigada.







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  2. Querida amiga

    Há poemas
    que de tão
    intensos
    nos tiram o ar...

    Que haja sempre um sonho
    a te habitar o entardecer do dia.

    Aluísio Cavalcante Jr.

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    1. gosto muito de Fiamma e não conhecia este poema
      é inevitavel construirmos imagens enquanto lemos beleza de quem a sabe escrever
      sim, este poema agita as brisas, concordo, mas é belo, muito belo

      haja sempre sonho a caminhar lado a lado com os passos doridos da vida
      grata pela tua presença, Aluísio.

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