21 setembro 2012


Tapas os caminhos que vão dar a casa 
Cobres os vidros das janelas 
Recolhes os cães para a cozinha 
Soltas os lobos que saltam as cancelas 

Pões guardas atentos espiando no jardim 
Madrastas nas histórias inventadas 
Anjos do mal voando sem ter fim 
Destróis todas as pistas que nos salvam 

Depois secas a água e deitas fora o pão 
Tiras a esperança 
Rejeitas a matriz 

E quando já só restam os sinais 
Convocas devagar os vendavais

Maria Teresa Horta




10 comentários:

  1. Olá vento,
    Que intensa poesia, e ao mesmo tempo suave feito brisa, nos direcionando a reflexão.
    Caminhar com leveza em tua "casa" é desfrutar de alegria aos olhos.

    Beijos.

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  2. Respostas
    1. uma mulher incrivel, para além de poeta

      sempre fui apaixonada pela sua poesia.
      beijo.

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    2. queria dizer: para além de escritora :)

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  3. Entrei com a intenção de retribuir a visita, no entanto tenho que dizer que tem poemas lindos lindos. Muitos parabéns quer pelos poemas, quer pelo blogue.

    Bjs!

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    1. António, bem vindo!
      desculpa a indelicadeza de ter deixado passar a tua primeira passagem por aqui sem resposta [aparente]:)))
      grata pelo carinho
      volta sempre

      beijo

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  4. Morgan, bem vindo!
    já te visitei :)
    achei o teu blog interessante
    voltarei para esmiuçá-lo com tempo, tem muito que ler :)
    até logo.

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