07 setembro 2012






Ouve que estranhos pássaros de noite 

Tenho defronte da janela: 
Pássaros de gritos sobreagudos e selvagens 
O peito cor de aurora, o bico roxo, 
Falam-se de noite, trazem 
Dos abismos da noite lenta e quieta 
Palavras estridentes e cruéis. 
Cravam no luar as suas garras 
E a respiração do terror desce 
Das suas asas pesadas. 

Sophia de Mello Breyner Andresen





13 comentários:

  1. Pássaros de noite... Interessante!
    Beijos

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  2. Uma bela escolha poética.
    Não conhecia este poema da Sophia e gostei de o ler.
    Um beijo, querida amiga.

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    1. também Sophia é intemporal...
      pareceu-me atualissimo o conteúdo deste poema... :))
      gostei que tivesses gostado, Barcelli

      beijo, querido amigo.

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  3. Olá Vento, linda homenagem a Sofia. Também não conhecia este poema e é maravilhoso. Beijos com carinho

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    1. olá rosa-branca,
      estava guardado há tempos, gosto muito de Sophia :))
      achei oportuno :))
      beijo carinhoso.

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  4. Esses pássaros também batem na minha janela, mas só em algumas noites... Gosto de ler Sophia.

    Obrigado pela visita (dizes que te lembras de mim, mas não te consigo identificar com essa roupagem de vento).

    Abraço e bom domingo

    Runa

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    1. ;) não sei porque ao ler o teu poema o pensamento me fugiu para o livro que estou a ler neste momento "Lembro-me de Ti", de Yrsa Sigurdardóttir, só isso :)

      bem vindo ao lugar do Vento, Runa.
      abraço.

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  5. Seus beijos são sempre bem-vindos Maria
    embora distante..
    Morris

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  6. fico contente com a tua presença e palavras carinhosas, Aluísio.

    abraço.

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